quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Tenho a honra de apresentar...

Este blog nasceu muito por força dela.
Conhecemo-nos profissionalmente, falávamos profissionalmente, colaborámos juntas profissionalmente... 
E um dia, anos depois de a ter conhecido, eu tive pneumonia. 
Ela decidida, foi pedir o meu número de telefone à minha chefe para saber notícias de mim e ficou para sempre no meu coração. 
Passámos a falar todos os dias, partilhar as nossas angústias, as nossas alegrias, a desabafar que nem a Meredith Grey e Cristina Yang e assim tenho o privilégio de ela ser "a minha pessoa".
É deste modo que querendo eu ter alguns convidados a escrever neste meu pequeno espaço, não tive qualquer dúvida quem seria a primeira.
E ela é a Bem Que Me Quer, e escreveu para este blog assim:
Só podia vir falar deste amor …
Ser convidada para escrever neste blogue deixou-me lisonjeada, afinal é o teu blog!Gosto de escrever, porque sim, ou porque me é mais fácil exteriorizar o que sinto, escrever sobre o que vai cá dentro. E acreditem, vai tanta coisa!!!Mas desta vez não foi fácil. Saber que as minhas palavras podem ser lidas e medidas por tantos … deste e do outro lado do mundo, deixa-me como que emocionada.Obrigada Eu Mãe, Mulher, menina!
Quem me conhece sabe o quanto posso ser lamecha. Por isso só podia vir aqui falar de amor. Aquele amor que nasce quando um filho nosso nasce também.Sou mãe de um bebé, de uma criança, de uma adolescente, de uma mulherzinha e, ainda assim, mãe de uma filha única. Sou a mãe sortuda que tem uma filha que é tudo isto. Um dia a precisar de colo e no outro a mostrar que está crescida, lutando pelo seu lugar, neste mundo de doidos.Este é um amor que me corre nas veias, o cérebro está ligado a ele 24 horas por dia, o coração bate ao ritmo de quem nasceu de mim. Parece um amor dependente, e talvez seja. Sim, é mesmo! Quem quiser, que diga o contrário, estou-me nas tintas!Este amor ensina-me tanto. Aprendi que sou muito mais forte do que alguma vez imaginei ser. Aprendi que consigo fazer ouvir a minha voz lá longe perante alguma injustiça ligada a este amor. Aprendi o quanto é importante a humildade e que a felicidade atrai mais felicidade. Aprendi que este amor me faz ser ridiculamente tolinha e é tão bom! Adoro esta constante aprendizagem, e acreditem que não é fácil. Não vem nos livros este abc, a matemática nem sempre serve a regra e não há gramática que explique onde colocar as virgulas e os pontos. E se há pontos, principalmente de exclamação!Ser mãe é ganhar uma companheira para a vida. Há gritos, há amuos, há castigos e depois também há abracinhos quentes, beijos doces, palavras que nos tatuam a memória e ficam guardadas no coração para sempre.Ser mãe é dar uma oportunidade ao mundo. É acordar todos os dias e ser tão fácil procurar a nossa motivação, a nossa felicidade. Também é chorar aos bocadinhos, em segredo. São muitas as razões …Ser mãe é assustador, dá-nos medos, uns parvos outros não tanto assim. Destes medos não gosto de falar, tenho medo. O território desconhecido é vasto, enorme, assustador, mas tento ser otimista e acreditar que o caminho percorrido até aqui foi positivo, uma espécie de rampa de lançamento para o que está para vir!
Aos 28 anos eu e o meu homem tomamos coragem e lançamo-nos neste grande desafio – ser pais – e nada nos dá mais gozo na vida, acreditem!!! 
(Tenho ainda tanto para dizer sobre este amor, mas as palavras já não cabem aqui, em outro momento, em outro lugar, talvez.)Amo-te meu amorzinho!

E sinto-me tão lisonjeada de este texto ter sido o despoletar de voos mais altos.
Parabéns Bem Que Me Quer

Ass.:
Eu mãe, mulher, menina

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